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segunda-feira, 24 de julho de 2017

Como acompanhar tendências de moda e gerar mais valor para sua confecção

No livro “Anatomia de uma tendência”, Henrik Vejlgaard afirma que as tendências de moda não duram mais do que cinco anos. Na verdade, ele pondera que a diferença entre uma tendência e um modismo é justamente que o último não se sustenta por mais de seis meses. Por exemplo: a tendência das calças de cintura alta já perdura há alguns anos, enquanto as meias calças extravagantes e ultracoloridas não passaram de uma ou duas temporadas.
Qualquer pessoa que trabalhe nesta indústria bilionária sabe que ela é extremamente mutável e que é necessário pesquisa diária para se manter atualizado sobre as novas tendências de moda. Hoje, a situação se torna ainda mais complexa com dezenas de digital ou fashion influencers que podem ditar o que estará cruzando a passarela na próxima estação.
Neste cenário, ganham espaços cada vez maiores as pesquisas de tendências feitas por empresas especializadas na área. Mas existem milhares de outros caminhos para se buscar referências e tentar caminhar com um pouco mais de precisão em meio à criação de uma nova coleção.

Onde acompanhar as tendências de moda

Existem diversos locais para buscar tendências de moda e trazer um pouco mais de segurança nas escolhas que a sua confecção irá tomar antes de começar a produção das peças da coleção. As principais são:

• Pesquisas externas de tendências

Existem empresas especializadas na pesquisa e levantamento de indicadores de tendências de moda. A partir de análises de comportamento, moda e mercado e segmentação por região (nacional/regional/internacional) é possível desenhar algumas referências e pontos que estarão em alta nos próximos meses.
Essas pesquisas são, possivelmente, a fonte mais confiável de tendências nacionais e internacionais em escala macro. Muitas grifes utilizam esses levantamentos como forma de nortear as ideias para uma nova coleção.

• Portais de mídias referências no setor

O setor da confecção e da moda tem inúmeras publicações bastante conceituadas e que são boas fontes de pesquisa de referências e o que está acontecendo nos ateliês pelo mundo. Isso porque através de entrevistas e o acompanhamento frequente de desfiles e mostras particulares, os editores conseguem dar um olhar mais apurado de algumas tendências que estão se formando.
Alguns nomes importantes nesse nicho são as revistas Vogue (de diversos países, como a dos Estados Unidos e a do Reino Unido, referências na área), Harper’s Bazaar e a brasileira Scape Mag, que apresenta editoriais em movimento e que foi lançada em março de 2017 pelo diretor criativo Adriano Damas e pelo publisher Marcelo Nascimento.

• Redes sociais

As redes sociais foram responsáveis pelo nascimento de uma nova classe de influenciadores no mundo da moda: os digital influencers. O que antes era restrito a modelos e nomes proeminentes do mercado, hoje são pessoas “comuns” que acumulam milhões de seguidores e têm um poder de influenciar o consumo de forma estrondosa.
Seguir alguns desses influenciadores é interessante porque, além de eles terem acesso a grandes marcas e novidades fashion, eles também ditam o que pode ser tendência pelo simples uso constante e demonstração em sua rede social.
A curadoria de quais são os nomes mais importantes para o seu negócio varia de acordo com o público alvo da sua marca, se ela é mais voltada para fast fashion ou slow fashion, o gênero e idade de seus consumidores, a identidade visual da sua marca entre outros. Normalmente eles se concentram entre digital influencers, editores de moda, artistas pop e modelos.
As melhores redes sociais para seguir esses ditadores de tendência são Instagram e Pinterest.

• Viagens

Destinos muito falados, artistas que fazem um retorno triunfal à mídia e às rodas de conversa, culturas que têm sofrido ascensão de interesse e peças de outros setores como arquitetura e arte também são excelentes materiais para pesquisa de tendências e ideais para novas coleções.

• Feiras e eventos do setor

Semanas de moda, feiras da indústria de confecções e eventos de outras áreas mas com a presença massiva de influenciadores de moda também devem estar no radar de quem quer acompanhar as tendências fashion.
Nesses locais é possível, além de sentir a temperatura do que está acontecendo e nortear para onde os estilistas e marcas estão caminhando, fazer networking e entender melhor a concorrência e como ela está se movimentando.